Logística no setor de Saúde: 2018 vs 2019
- Gisela Mangabeira Sousa
- 26 de mar. de 2019
- 2 min de leitura
Atualizado: 16 de jun. de 2020
Ao longo de 2018, as principais discussões do setor de saúde relacionadas à logística foram divididas em duas frentes: legal e melhoria operacional (custos e nível de serviço). Por ora, vamos nos ater ao contexto legal. Nesse âmbito, as questões mais impostantes foram: rastreabilidade e logística reversa.
No caso da rastreabilidade, o problema a ser resolvido está relacionado à produção, venda e uso de medicamentos ilegais, tanto de produtos falsos quanto os não-autorizados. Essa questão tem sido discutida no ambiente governamental em todo o mundo, com as novas regras de rastreabilidade sendo aplicadas a muitos países, incluindo União Européia.
A implementação de sistemas e processos para rastreabilidade de medicamentos em toda a cadeia, partindo da indústria e passando pos distribuidores, farmácias e hospitais foi testada por diferentes empresas, sendo realizados investimetnos em novas embalagens, softwares e equipe. No entanto, ainda há muito a ser feito para garantir a rastreabilidade de toda a produção, o que nos indica que esse assunto estará em pauta por mais alguns anos.
Já em relação ao tema da logística reversa de medicametnos, esse ano o governo abriu para consulta pública o decreto que estabelece a operação de descarte de remédios. Segundo o decreto, os pacientes devem devolver os remédios em desuso às drogarias, farmácias e outros pontos de coleta, sendo obrigação dos distribuidores retirar os medicametnos dos pontos de entrega primários e transportá-los a pontos secundários. À indústria cabe custear o transporte e a disposição final ambientalmente adequada. Para que tudo funcione, é necessário coordenar as operações de coleta e destinação entre todos os membros da cadeia.
Em outros setores, para facilitar o gerenciametno dessa operação, fabricantes e distribuidores criaram entidades sem fins lucrativos, responsáveis pela contratação de transportadores, armazenagem, destinação final e pela coordenação da operação com os pontos de coleta. A solução final para o setor de saúde ainda não está decidida, de modo que essa discussão deverá se estender a 2019.
Com base nessa revisão, é possível delinear os temas que estarão em debate em 2019 e se preparar para eles.
Publicado: Revista Abradimex, ed. 3, 26 março de 2019.
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